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Iniciou sua trajetória ainda muito jovem, aos três anos, quando ganhou de seu pai o primeiro aquário. A tentativa de manter seus peixes vivos, apesar de todos os cuidados, muitas vezes resultava em frustração, tristeza e sentimento de impotência, uma vez que muitos adoeciam e morriam.

 

Aos nove anos, em uma visita a uma loja de animais com seu tio, um livreto chamou sua atenção e mudaria o rumo de sua vida: Criação Prática de Peixes Ornamentais de Cirilo Mafra. Um dos capítulos abordava as doenças e tratamentos para peixes de aquário.Começa então uma prática de observação e tratamento desses seres na qual a abordagem principal era a percepção da adequação dos mesmos ao ambiente do aquário. São as manifestações de desequilíbrio deste sistema complexo, denominado de fenômeno ecológico, que causam as doenças e eventuais mortes. Foi o início da convivência com os sistemas de redes e teias sistêmicas como os define Capra.

 

Uma equação natural entre cadeia alimentar, luminosidade, temperatura, enfim, meios necessários para a reprodução do ambiente natural.Nesta busca, cada vez mais profunda e complexa, passou a frequentar a Biologia e o Instituto de Pesca da USP onde foi orientado pelos professores a fazer Medicina por ser um curso mais sério sobre vertebrados.

 

Evoluindo em seus estudos, observou que estes sistemas complexos e seus desequilíbrios manisfetam doenças em todos os seres, inclusive nos seres humanos. Que, como os peixes, precisamos readequar seu meio ambiente, alimentação e comportamento para reequilibrar seus sistemas ecológicos e, consequentemente, sua saúde.

 

Ao se formar em medicina, tinha uma certeza: a missão do médico é auxiliar seu paciente a compreender a mensagem de seus sintomas ou de sua doença e, movido por esta conscientização, transformar seus padrões e se curar. Entendendo que a capacidade de cura pertence apenas ao paciente.

 

No início da década de 90, além de clinicar e lecionar Homeopatia estudava aves ameaçadas de extinção, em especial o sabiá cica (Triclaria malachitacea) um parente dos papagaios com características muito particulares. Desenvolvia a observação de campo numa área preservada chamada Cambixo, em Iguape, SP. Em um destes estudos de observação, convidou um grupo de 20 pacientes onde, paralelamente, conduziria um curso de desenvolvimento humano. Neste grupo, havia três senhoras com câncer de mama com metástases e um jornalista com AIDS. Para sua surpresa, após quatro dias na mata, eles estavam muito melhores, exames posteriores indicavam que as metástases haviam regredido e até desaparecido! Motivado por esta experiência começou a pesquisar as reservas florestais próximas a São Paulo com o intuito de construir um espaço que favorecesse a reconexão das pessoas consigo mesmas, suas necessidades essenciais e com o fluxo que sustenta a Natureza plenamente viva - O Centro de Ecologia Médica FLORESCER NA MATA.

 

Dr. Fernando A. C. Bignardi

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